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Pinhalzinho, nome derivado da abundância de araucárias na região, foi fundado em 1840, pelas famílias de João Domingues Siqueira e de Generoso de Godoi Bueno. O povoamento de Pinhalzinho deu-se principalmente por imigrantes italianos, entre eles Antonio Fornari e filhos, que fundaram a primeira casa comercial. Foi também significante a imigração de espanhóis oriundos sobretudo da Andaluzia. A imigração estrangeira decorreu do fim da escravidão, em 1888, principalmente de colonos da imigração subvencionada, encaminhados pela Hospedaria de Imigrantes de São Paulo para as fazendas de café da região, como a Fazenda de João Gomes, no bairro da Rosa Mendes. Do tempo da escravidão, deixou memória a Fazenda Velha, no atual bairro desse nome, cujo fazendeiro, com a Lei Áurea, decidiu dividir e distribuir suas terras entre seus antigos escravos. Dos descendentes desses escravos ficaram conhecidas Nhá Sabina e Nhá Florinda, benzedeiras, nascidas depois da Lei do Ventre Livre, de cujo sítio sobrevive o antigo terreiro e algumas de suas plantas. Pinhalzinho foi, até os anos 1950, um reduto de sobrevivência do dialeto caipira, a língua portuguesa falada com forte sotaque da língua nheengatu ou língua geral falada pelos povos do tronco tupi. O dialeto caipira do Pinhalzinho, além do sotaque nheengatu na pronúncia das palavras portuguesas (como em cuié, muié, zóio, arriá, oreia, mecê, corgo) tinha também muitas palavras propriamente tupis, como pacuera, tapera, pipoca, muquirana. É uma região que ainda tem muitos pardos de zigomas salientes e olhos ligeiramente repuxados, resquício da ancestralidade indígena não muito anterior ao século XVIII. O povoado, em 1900, contava com vinte habitações dispersas. A partir de 1910 o crescimento foi acelerado em função da criação de uma escola particular, mantida por moradores como Eduardo Fornari, Henrique Torricelli e outros, e o aumento da população causada pelo anúncio de oferta de terrenos gratuitos, divulgado pelo jornal Cidade de Bragança. Em 1922, concluiu-se a igreja, obra realizada pelo construtor Tomás de Camargo e o carpinteiro José, sendo trazida diretamente de Barcelona, a imagem da padroeira, Nossa Senhora de Copacabana. Em 23 de dezembro de 1936, através da Lei nº 2784 é criado o distrito de Pinhal, no município de Bragança (atual Bragança Paulista). Em 30 de novembro de 1938, através do Decreto-Lei Estadual nº 9775 o distrito passou a denominar-se Pinhalzinho. Em 28 de fevereiro de 1964, através da Lei Estadual nº 8092, Pinhalzinho foi elevado à categoria de município, desmembrado de Bragança Paulista. Sua instalação ocorreu no dia 28 de março de 1965.
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